EXPOSIÇÃO

DITOS DO CORPO

Cada corpo tem muito a dizer sobre si e sobre o mundo no transcurso da história, porque ao mesmo tempo que é marcado pelas relações de alteridade, também marca e transforma os outros com sua existência. A capacidade de ferir é a mesma de curar assim como a força de amar é capaz de resinificar e mudar a rota da violência que tanto nos assusta e apavora. Porque quando mais expandida a existência por gestos e atos de amor, mais empatia se terá com a diversidade de corpos que se apresenta ao nosso redor.

Essas marcas, desenrolam-se como espiral, tocam o presente e voltam ao passado dos ancestrais para buscar nele, o aprendizado evolutivo para nova vida que sempre se refaz e influencia as novas gerações. Mesmo ao nascer, o corpo puro e límpido de um novo humano, traz em si a marca genética, histórica e cultual de seus antepassados, e essa marca, experienciada e acomodada pela existência, transformar-se-á no trajeto da vida ao se confrontar com outros corpos. Nesta experiência magnifica do viver, o ser humano pode se fazer em dor, medo e ansiedade pela tragedia do vivido ou em superação, luta, e orgulho de si pela resinificação de novos olhares: amáveis, amigos, afáveis, respeitosos, misericordiosos, capazes de gerar novas marcas  e resinificar as marcas antigas. O corpo de carne, mergulhado em experiências permeadas pelo respeito, dignidade e amabilidade humanas, pode se transformar em um corpo feliz e amparado pela mesma história que o feriu.   

O corpo, tem muito a dizer sobre si e sobre o todo, sobre a vida e a morte, sobre a tristeza e as mais profundas alegrias…basta parar um momento, silenciar e escutar…e assim contemplar a sacralidade do universo.

A EXPOSIÇÃO DITOS DO CORPO

Vidas negras importam, visa adentrar na profundidade existencial e histórica dos corpos negros, marcados pela ultrajante discriminação social e cultural ao longo do tempo. Com isso, fomentar o diálogo intercultural e intersocial sobre o racismo em seus diversos formatos na atualidade e no decorrer da história. Deste modo, a mostra de LACERDINE e DERLANE MOREIRA, visa trazer à consciência de todos,  as grandes questões discriminatórias contemporâneas e buscar modos de superação e reparação para uma realidade mais igualitária e justa para todos. 

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